Uploaded with ImageShack.us Geografia para todos: "NOTÍCIAS GEOLÓGICAS"

Total de visualizações de página

"NOTÍCIAS GEOLÓGICAS"


Vulcão entra em erupção no Chile e famílias são evacuadas


Governo chileno comanda a retirada de 3.500 pessoas na região.
Última erupção do vulcão Puyehue ocorreu em 1960.


O vulcão Puyehue, ao sul do Chile, entrou em erupção neste sábado (4), obrigando o governo a retirar cerca de 3.500 moradores próximos à montanha. De acordo com o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, uma enorme nuvem de fumaça foi formada que, segundo informações, já poderia ser vista da Argentina.

O intendente da região de Los Rios, Juan Andrés Varas, disse à Cooperativa que nas localidades próximas há um forte "cheiro de enxofre e cinzas" e que de alguns locais é possível ver uma "boca de fogo e uma coluna de fumaça".
Após seguidos tremores de terra, o governo chileno emitiu código vermelho para a região do vulcão. De acordo com o Escritório Nacional de Emergências, são registrados em média 230 tremores por hora.
Com 2.240 m de altura, o Puyehue fica na Cordilheira dos Andes e sua última erupção ocorreu há 41 anos (1960), quando também foi registrado na região um terremoto de 9,5 graus na escala Richter – o mais forte até agora registrado no mundo.
Esse vulcão faz parte do complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, que se estende ao longo de 15 quilômetros entre as regiões de Los Lagos e de Los Rios, aproximadamente 950 quilômetros ao sul da capital Santiago, em uma região de pouca densidade de população.
Segundo Hinzpeter, o processo de retirada dos moderadores da região do vulcão, para o qual o Exército dispôs vários caminhões, está sendo realizado com tranquilidade. As pessoas estão sendo levadas para albergues em áreas de segurança.
O governo chileno também ordenou o fechamento temporário da passagem de fronteira Cardeal Samoré para retirar as famílias dali. As pessoas que quiserem ir à Argentina poderão fazê-lo pela passagem de Pino Hachado, situado mais ao norte.



Vulcão faz coluna de cinzas de 3 km de altura perto da Cidade do México

Popocatépetl emitiu material após tremor.
Autoridades isolaram área de 12 km em torno da montanha.



O vulcão Popocatepetl visto nesta sexta-feira (3) a partir da cidade mexicana de Puebla (Foto: AFP)


O vulcão Popocatépetl, localizado próximo à Cidade do México, expeliu nesta sexta-feira (3) uma coluna de cinzas que alcançou uma altura de aproximadamente 3 quilômetros, informou o Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred) da Secretaria de Governo do México.
O vulcão, que tem uma altura de 5.426 metros acima do nível do mar, é a segunda maior montanha do México, lança fumaça regularmente e é visível de algumas áreas da Cidade do México.

O Cenapred disse em um comunicado que a emissão de cinzas desta sexta-feira começou com um "tremor" que foi "aumentando sua amplitude por alguns minutos", mas que depois diminuiu.
O vulcão Popocatepetl visto nesta sexta-feira (3) a partir da cidade mexicana de Puebla (Foto: Reuters)O vulcão Popocatepetl visto nesta sexta-feira (3)
a partir da cidade mexicana de
Puebla (Foto: Reuters)
Os ventos inicialmente deslocaram as cinzas em direção oeste, rumo ao Estado do México. No entanto, à medida que ganhou altitude, "mudou o rumo para o leste-nordeste".
Atualmente o sistema de alerta vulcânico, que consta de três cores - verde (normal), amarelo (alerta) e vermelho (alarme) -, se encontra no amarelo, e a emissão de cinzas não mudou a situação.
Por enquanto, as autoridades mantêm a proibição de se chegar a mais de 12 quilômetros da cratera.
Segundo um estudo recente da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM) do México, o Popocatépetl perdeu quatro de suas geleiras nos últimos 15 anos por conta do aquecimento global.


Erupção do vulcão Grimsvotn chega ao fim na Islândia


Atividade parou na manhã de sábado.
Nuvem de cinzas complicou tráfego aéreo no norte da Europa.


A erupção do vulcão Grimsvotn termino totalmente, anunciou nesta segunda-feira (30) a geóloga Steinunn Jakobsdottir, do Instituto Meteorológico de Islandia.
"A erupção terminou. Não há atividade desde a manhã de sábado", declarou à France Presse Steinunn Jakobsdottir.
Cinza vulcânica cobre iceberg na geleira Vatnajokull nesta sexta-feira (27) na Islândia (Foto: AP)


O Grimsvotn registrou uma violenta erupção em 21 de maio, provocando uma coluna de cinzas de até 20 quilômetros de altura, o que prejudicou o tráfego aéreo na semana passada na Europa.


Toneladas de peixes morrem em lago próximo a vulcão nas Filipinas

Peixes aparecem flutuando desde sexta-feira (27).
A atividade no vulcão Taal aumentou em abril .



Mais de 700 toneladas de peixes morreram em um lago nas Filipinas devido ao aumento da temperatura da água provocada pela atividade do vulcão Taal, informaram neste domingo (29) fontes oficiais.
Segundo o Escritório de Pesca e Recursos Aquáticos, desde a sexta-feira os peixes surgem flutuando em cinco povoados situados nas margens do lago Taal que rodeia o vulcão do mesmo nome, situado na província de Batangas, a cerca de 40 quilômetros ao sul de Manila.
A atividade no Taal aumentou em abril e desde então o Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas (Philvocs) mantém declarado o alerta 2 em uma escala de 5, que indica o surgimento de magma na superfície.
Mais de 700 toneladas de peixes morreram em um lago nas Filipinas devido ao aumento da temperatura da água provocada pela atividade do vulcão Taal, informaram neste domingo fontes oficiais (Foto: Erik de Castro/Reuters)Mais de 700 toneladas de peixes morreram em um lago nas Filipinas devido ao aumento da temperatura da água provocada pela atividade do vulcão Taal (Foto: Erik de Castro/Reuters)

As autoridades proibiram a presença humana na ilha vulcânica devido ao perigo de erupção e de gases tóxicos. Milhares de turistas visitam a cada ano o Taal e alguns percorrem caminhando até a cúpula de 400 metros para ver o lago e a fumaça que se formam.
O vulcão, que matou 1.300 pessoas em 1911 e 200 em 1965, faz parte de uma cadeia vulcânica que se estende pela região ocidental da ilha de Luzon.

 

_____________________________________

Geólogos internacionais investigam formações raras em Valongo

Vêm da Rússia, Austrália, China, EUA, República Checa, Reino Unido, Espanha, Dinamarca e França

2011-05-03
Uma equipe de geólogos estrangeiros estará no próximo sábado, em Valongo, para estudar vestígios de formações geológicas existentes na Serra de Santa Justa, datadas do período do Ordovícico – na escala de tempo geológico, corresponde à Era Paleozóica. Estas formações retratam geologicamente Valongo há 490 milhões de anos, altura em que o território era ainda parcialmente coberto por mar.

Segundo os especialistas participantes, “estas formações, visíveis sem recurso a escavação, são únicas no mundo, sendo por isso um testemunho fundamental para estudos realizados e teorias formadas acerca do assunto”.
______________________________
Os investigadores, provenientes dos mais diversos países como Rússia, Austrália, China, EUA, República Checa, Reino Unido, Espanha, Dinamarca e França, estudarão formações geológicas existentes no território de Valongo, mais propriamente na Serra de Santa Justa e Pias.

Em vésperas do simpósio internacional que se realizará em Espanha, especialistas provenientes da Rússia, Austrália, China, EUA, República Checa, Reino Unido, Espanha, Dinamarca e França estarão então em Valongo, na Serra de Santa Justa.

Os vestígios do período Ordovícico – durante o qual ocorreu o apogeu das trilobites –, existentes na Serra de Santa Justa e Pias, têm suscitado o interesse dos especialistas nacionais e internacionais.

Em 1994, a Câmara Municipal de Valongo, em colaboração com o Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto decidiu arrancar como projecto do Parque Paleozóico de Valongo, dedicado à importância do património geológico existente na Serra de Santa Justa.


Descoberto em meteorito mineral anterior à formação da Terra

O NWA 1934 contém crotita, uma mistura refractária de cálcio e alumínio

2011-05-09

Uma equipa de geólogos da City University of New York (CUNY) e do museu norte-americano de História Natural anunciaram na revista «American Mineralogist» a descoberta de um mineral desconhecido até agora.
Este terá sido um dos primeiros a formar-se no sistema solar. É um componente original da maior parte dos planetas do sistema e existiu mesmo antes do começo da formação da Terra e dos seus vizinhos. 
O mineral, baptizado como crotita, é o componente principal de uma série de inclusões de um meteorito encontrado no norte de África, o NWA 1934. Este pequeno grão, que devido à sua aparência foi chamado de “ovo partido”, intrigou desde logo os investigadores.Com alguma frequência, os meteoritos contêm pequenos fragmentos ou inclusões de outros materiais cujo estudo se tem revelado uma fonte inesgotável de informação sobre os inícios do sistema solar.
Este é uma rara mistura refractária de cálcio e alumínio. O termo refractário refere-se ao facto de que os grãos contêm minerais que permanecem estáveis a temperaturas muito altas, prova da sua antiguidade, já que se terá condensado nas altas temperatura da nebulosa solar.
Depois de identificado, o “ovo partido” foi enviado para o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) onde foi submetido a análises de nanomineralogia para que fossem determinados os seus componentes.
Foi depois estudado com raios-X no Museu de História Natural de Los Angeles, onde se confirmaram os componentes: óxido de cálcio-alumínio, algo nunca observado antes na natureza.
Encontrar este composto formado naturalmente há mais de 4500 milhões de anos é um “tesouro”, visto que contém informação que pode ajudar a decifrar a origem do sistema solar.
Fabricar artificialmente este material requer que se utilizem temperaturas de, pelo menos, 1500 graus centígrados. Este “ovo partido” formou-se a baixas pressões, o que é consistente com o facto de que a sua origem data das fases iniciais da nebulosa solar primogénita, da qual se formaram os planetas.

___________________________

 

Terra treme e assusta moradores de Ibirá-SP

17 de março de 2011 | 19h 52
A terra tremeu ontem em Ibirá (SP), assustando os cerca de 11 mil moradores da cidade. Há casas com rachaduras. O primeiro abalo foi sentido por volta do meio-dia. Três horas depois a terra voltou a tremer. "Eu senti o tremor por volta do meio-dia e meia, as janelas da minha casa começaram a balançar e o monitor do meu computador chacoalhou", explicou o servidor municipal Estevam Collar de Brito, de 20 anos.


A casa dele não teve rachaduras, mas alguns vizinhos não tiveram a mesma sorte. "Eles confirmaram que houve pequenas rachaduras em suas casas e que os lustres sacudiram", acrescentou Brito, observando que os tremores foram sentidos em toda a cidade. No bairro São Benedito, perto do centro, pessoas assustadas, sem saber o que estava acontecendo, se abrigaram em uma mercearia. "Eles entraram aqui em meu comércio, estavam muito assustados", segundo o comerciante Inácio Rodrigues, de 64 anos, dono do estabelecimento.

A princípio, a população achou que o chão tremeu devido a uma explosão na caldeira de uma usina de açúcar e álcool. A explosão de um botijão de gás também foi admitida e, em seguida, descartada. "Não foi nada disso (explosão), a usina fica a uns dez quilômetros da cidade", contou o servidor municipal.

Não foi a primeira vez que a terra tremeu em Ibirá. "Há cerca de cinco meses foi registrado um abalo, confirmado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista)", completou Brito. Geólogos do Departamento de Geologia da Unesp, em São José do Rio Preto, estão conferindo se os abalos de ontem foram registrados pela estação sismográfica da Universidade. 
____________________________________
    Tremor de 2 graus é registrado em Pernambuco

17 de março de 2011 | 14h 28
A cidade de Caruaru (PE) registrou um tremor de terra de 2 graus na escala Richter por volta das 17 horas de ontem. O tremor foi registrado na estação sismográfica de Gravatá, também em Pernambuco, segundo o Departamento de Geofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


Segundo o sismólogo Aderson do Nascimento, do Departamento de Geofísica da UFRN, o tremor aconteceu devido a um lineamento da estrutura geológica em Pernambuco, uma espécie de cicatriz na estrutura geológica, causada por um movimento muito antigo das placas tectônicas. O tremor de 2 graus é sentido apenas por pessoas que estejam muito próximos ao epicentro.  

_________________________________________

 

Tremor no Japão foi 1,5 mil vezes mais intenso que o da Nova Zelândia

Cada ponto de magnitude representa liberação de energia 32 vezes maior que o anterior


Casas são devastadas por tsunami na cidade japonesa de Iwaki


O terremoto de magnitude 8,9 ocorrido nesta sexta-feira no Japão foi cerca de 1,5 mil vezes maior do que o tremor que atingiu a cidade neozelandesa de Christchurch no mês passado, matando 160 pessoas.

Este cálculo pode ser feito considerando que um aumento de um ponto na escala de magnitude utilizada pelos geólogos, que mede a energia liberada por um evento geológico, representa uma liberação de energia 32 vezes maior que o anterior.

Da mesma forma, o tremor no Japão foi quase 900 vezes mais intenso que o terremoto de magnitude 7,0 que atingiu o Haiti em janeiro de 2010, deixando 230 mil mortos e cerca de 1,5 milhão de desabrigados.

"A quantidade de energia liberada depende do deslocamento que houve no plano de falha", disse à BBC Brasil o geólogo Rualdo Menegat, professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

"Quanto maior a magnitude, maior a área do plano de falha que se deslocou", afirma o especialista.

Ele diz que a magnitude não progride de forma linear, e sim em escala logarítmica, o que explica a grande diferença na intensidade com o aumento de apenas um ponto.

A medição da magnitude é feita por meio de sismógrafos, aparelhos que calculam a intensidade dos eventos geológicos por meio da vibração decorrente das ondas de energia que eles produzem.

Menegat afirma que, embora não exista um máximo para a escala de magnitude, a dinâmica dos deslocamentos das placas tectônicas faz com que seja praticamente impossível ocorrer um terremoto que supere os 10 pontos.

"Um evento de magnitude 14, por exemplo, racharia o planeta ao meio, e só poderia ser causado por coisas como o choque de meteoro na Terra", afirma o professor da UFRGS.

Outras escalas

Menegat afirma que, além da magnitude, outra maneira de medir os terremotos é por meio da escala de Mercalli, que avalia os tremores em relação à destruição causada em edificações e ao número de mortes decorrentes deles.

Esta medição, baseada na avaliação humana dos danos, geralmente é realizada por equipes de Defesa Civil.

Um tremor de grande magnitude pode ter baixa classificação na escala de Mercalli, caso ocorra em um lugar desabitado, por exemplo. Já um abalo de baixa magnitude pode causar muitas mortes em áreas mal preparadas para desastres, tendo assim uma pontuação maior.

No entanto, diz o professor da UFRGS, a escala de Mercalli caiu em desuso devido ao avanço tecnológico dos sismógrafos, que são capazes de medir com precisão informações absolutas sobre a intensidade dos terremotos.

Outra medição que caiu em desuso, segundo Menegat, é a escala Richter, que foi largamente utilizada pelos geólogos até os anos 1970. O professor afirma que esta medição foi modificada anos atrás, pois continha erros quanto à maneira como se pensava a propagação da onda em sólidos.
_________________________________

Refinaria pega fogo em Ichihara depois de terremoto no Japão


O Japão, que registrou nesta sexta-feira um terremoto de magnitude 8,9, é um dos países mais afetados pelo Círculo de Fogo, uma área situada no Oceano Pacífico onde ocorre a grande maioria dos tremores de terra e das erupções vulcânicas do mundo.

O Círculo de Fogo do Pacífico (ou Anel de Fogo) é uma área formada no fundo do oceano por uma grande série de arcos vulcânicos e fossas oceânicas, coincidindo com as extremidades de uma das maiores placas tectônicas do planeta.

A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a costa do continente americano, além do Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul.

Esta é a área de maior atividade sísmica do mundo. Somente o Japão responde por cerca de 20% dos tremores de magnitude igual ou superior a 6 registrados na Terra. Em média, os sismógrafos captam algum tipo de abalo no Círculo de Fogo a cada cinco minutos.

Além disso, mais da metade dos vulcões ativos no mundo, acima do nível do mar, estão localizados nesta área.

Alguns dos piores desastres naturais já registrados ocorreram em países localizados no Círculo de Fogo. Um deles foi o tsunami de dezembro de 2004, que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico, após um tremor de magnitude 9,1.

Outros dois desastres famosos na área ocorreram no Chile: o primeiro, em 1960, foi um terremoto de magnitude 9,5 - o pior já registrado na história - que matou 2 mil pessoas; outro tremor, em 2010, deixou 800 mortos e cerca de 20 mil desabrigados.

Placas tectônicas

Nos anos 1960, cientistas desenvolveram a noção de placas tectônicas, o que explica as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de grande escala.

De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma "colcha de retalhos" de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do âmago quente e líquido do planeta.

As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um e dez centímetros por ano - velocidade equivalente ao crescimento das unhas humanas.

O fundo do oceano está sendo constantemente modificado, com a criação de novas crostas feitas da lava expelida do centro da Terra e que se solidifica no contato com a água fria. Assim, as placas tectônicas se movem, gerando intensa atividade geológica em suas extremidades.

Três coisas podem ocorrer com as placas: elas podem se afastar umas das outras, deixando espaço para criar mais "chão" no fundo do mar; podem se aproximar, fazendo uma encobrir a outra; ou podem "roçar" umas nas outras, sem causar muito distúrbio.

Essas placas que se "roçam" causam tremores de menor intensidade, como ocorre geralmente na Falha de San Andreas, localizada na região de San Francisco (Estados Unidos). Essas falhas também podem criar escarpas ou falésias no fundo do mar.

No entanto, quando uma placa se move e é forçada para dentro da Terra, ela encontra altas temperaturas e pressões que são capazes de parcialmente derreter a rocha sólida, formando o magma que é expelido pelos vulcões.

As atividades nestas zonas de divisa entre placas tectônicas são as mesmas que dão origem aos terremotos de grande magnitude.
_____________________________

Tragédia. Casas destruídas pelo terremoto de magnitude 8,8 foram tomadas pela água após tsunami que atingiu várias localidades japonesas MIAMI - O terremoto de magnitude 8,8 ocorrido nesta sexta-feira no Japão já é considerado o sétimo mais intenso já registrado na história, de acordo com dados do governo dos EUA.
Veja também:
 Tempo real: Acompanhe a tragédia no Twitter e no Radar Global
 Infográfico: Entenda o terremoto no Japão Relatos: envie textos, vídeos e fotos para portal@grupoestado.com.br
 Território Eldorado: Ouça relato do embaixador e de brasileiros no Japão
 Tremor e tsunami causam destruição
Segundo informações do programa de ameaça de terremotos da agência geológica americana (USGS, na sigla em inglês), o mais forte terremoto da história ocorreu em 22 de maio de 1960, em Valdívia (Chile), com magnitude 9,5.
Este tremor matou 2 mil pessoas e gerou um maremoto com ondas de até 10 metros. As ondas apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em outros países banhados pelo Oceano Pacífico.
O segundo maior terremoto já registrado ocorreu no Alasca (EUA), em 27 de março 1964: um abalo de magnitude 9,2 fez 15 vítimas fatais e gerou um tsunami que matou outras 128 pessoas. Seu epicentro foi na região de Prince William Sound, no sul do Alasca.
A ilha de Sumatra, na Indonésia, registrou em 26 de dezembro de 2004 um terremoto de magnitude 9,1, causando um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países da região. O tremor ocorreu a 30 quilômetros de profundidade no Oceano Índico.
Em 4 de novembro de 1952, um abalo de magnitude 9,0 na península de Kamchatka, extremo oeste da Rússia, gerou ondas gigantes que chegaram até o Havaí, causando prejuízos financeiros de até US$ 1 milhão, mas nenhuma vítima fatal.
Também de magnitude 9,0, dois grandes terremotos abalaram a região de Arica, fronteira entre Peru e Chile, em 13 de agosto de 1868. Diversas cidades foram afetadas pelas ondas causadas pelo tremor, que vitimou cerca de 25 mil pessoas.
Outro terremoto de magnitude 9,0 ocorreu em 26 de janeiro de 1700 em uma região de cerca de 1.000 km na costa noroeste da América do Norte, entre os Estados Unidos e o Canadá. O tsunami que se seguiu chegou até o Japão. Não há estimativa de vítimas.
Em sétimo lugar, fica o tremor de magnitude 8,8 (segundo medição da Agência Meteorológica do Japão) que atingiu o Japão por volta das 15h (horário local) de 11 de março de 2011. O epicentro foi na costa próxima à província de Miyagi, a 373 km de Tóquio.
Dois terremotos na história tiveram medida uma magnitude de 8,8. Um ocorreu no Chile, em 27 de fevereiro de 2010, matando mais de 800 pessoas e deixando cerca de 20 mil desabrigados. O epicentro foi a região de Bío-Bío, a cerca de 320 km ao sul de Santiago.
O outro atingiu a costa entre o Equador e a Colômbia em 31 de janeiro de 1906, matando entre 500 e 1,5 mil pessoas. O tremor chegou a ser sentido em San Francisco (EUA) e no Japão.
Três terremotos já foram registrados com magnitude 8,7: Em 1º de novembro de 1755, um tremor de magnitude 8,7 destruiu Lisboa, matando cerca de 70 mil pessoas.
Já em 4 de fevereiro de 1965, um tremor também de magnitude 8,7 atingiu as ilhas Rat, no Alasca (EUA), gerando um tsunami de cerca de 10 metros de altura na ilha de Shemya. Apesar disto, o abalo causou poucos danos.
Em 8 de julho de 1730, um terremoto de igual magnitude atingiu Valparaíso (Chile), gerando um tsunami e causando danos em diversas cidades da costa, mas causando poucas mortes.
___________________________________

Alentejo acolhe Centro de Estudos Geológicos e Mineiros

Projecto terá litoteca com amostras da Faixa Piritosa Ibérica

2011-02-02


Faixa Piritosa Ibérica tem forte potencial mineiro.



Um Centro de Estudos Geológicos e Mineiros sobre a Faixa Piritosa Ibérica vai ser criado em Beja, num projecto que inclui uma litoteca, para arquivar “várias centenas de quilómetros” de amostras do subsolo já recolhidas, revelaram os promotores.

A iniciativa é do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e prevê um investimento perto dos 3,5 milhões de euros, a candidatar ao Programa Estratégico do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT).
O SRTT, que envolve um consórcio de 21 parceiros e cujo protocolo de financiamento já foi assinado, pretende investir 41,8 milhões de euros, dos quais 29,3 milhões são fundos comunitários, nas áreas da ciência e tecnologia no Alentejo e Lezíria do Tejo.

Aproveitando este programa, o LNEG, que “há muitos anos” ambicionava instalar no Alentejo uma litoteca com material da Faixa Piritosa Ibérica, vai agora candidatar o projecto do Centro de Estudos Geológicos e Mineiros.

“Temos outras litotecas, mas estão muito cheias e não dá para armazenar e acondicionar devidamente todas as amostras que já possuímos da Faixa Piritosa Ibérica”, disse hoje à Lusa Machado Leite, do conselho directivo do LNEG. Os testemunhos de sondagens desta zona com forte potencial mineiro, que se estende desde Espanha até ao Alentejo, já totalizam “várias centenas de quilómetros”.

“A Faixa Piritosa Ibérica é um alvo mineiro mundialmente reconhecido e de que Portugal beneficia há décadas”, realçou, aludindo às actuais minas de Neves Corvo (Castro Verde) e Aljustrel e aos antigos pólos mineiros de Lousal (Grândola) e S. Domingos (Mértola).
Espaço incluirá uma litoteca.
E especialmente quando as cotações de minério estão em alta, frisou, as amostras geológicas do subsolo detidas pelo LNEG “têm um valor incalculável” para os investidores do sector. “A consulta deste tipo de amostras que o LNEG disponibiliza permite às empresas desenvolverem o seu conhecimento, para aumentar a probabilidade de descoberta de uma nova mina. O facto de a informação estar disponível, diminui o risco para quem investe”, explicou Magalhães Leite.

Atrair massa técnica científica


Além da litoteca, o LNEG vai congregar no Centro de Estudos Geológicos e Mineiros o “património acumulado, ao longo dos anos, sobre a Faixa Piritosa Ibérica”, nomeadamente competência técnica e científica, mapas e cartas geológicas.

“Queremos criar condições para atrair massa técnica científica e tecnológica, juntando também parceiros do sector, a nível nacional e internacional, em torno do centro”, frisou Magalhães Leite.

O LNEG, que possui um pólo em Beja, a transferir para o futuro centro, tem por missão desenvolver conhecimento para a identificação, valorização e promoção económica da exploração dos recursos mineiros em Portugal.

O projecto do centro de Beja vai ser candidatado ao SRTT e, segundo Magalhães Leite, que disse confiar na sua aprovação, deverá estar pronto “até ao final de 2013”, quando termina o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos
Arq. Urbanista Francisco Luiz Scagliusi

Os trágicos acontecimentos que abalaram a região serrana do Rio trouxeram novamente à tona a discussão sobre a reforma do Código Ambiental. Besteiras e seriedades têm sido ditas apaixonadamente de lado a lado.
No caso específico das cidades é indispensável que a necessária discussão que há por se fazer seja retirada do foco de tensão criado por polêmicas que tem origem na questão rural, não urbana.
Aliás, já existe entre ambientalistas, urbanistas, geólogos, engenheiros geotécnicos, juristas e toda a gama de profissionais que lidam com a questão urbana um pleno consenso acerca da impropriedade da atual legislação ambiental reguladora das APPs – Áreas de Preservação Permanente, no que se refere à sua aplicação ao espaço urbano. É uma legislação inspirada na problemática rural, por decorrência, equivocada conceitual e estruturalmente para a gestão ambiental do tão singular espaço urbano.
É preciso que esse consenso se traduza na produção de uma legislação ambiental específica para as cidades e inspirada nessa complexa realidade ambiental e antrópica. Como um exemplo dessa especificidade, considere-se que as áreas florestadas no espaço urbano podem ser criadas deliberadamente e em qualquer tipo de terreno ou situação geográfica pela administração pública e pelos agentes privados, ou seja, não necessariamente teriam que ser resultado da manutenção de corpos florestais naturais originais.
Outra situação específica para o caso urbano: do ponto de vista de riscos geológicos e geotécnicos, como deslizamentos e processos erosivos, a área de topo das elevações topográficas são extremamente mais favoráveis do que as áreas de encostas para uma segura ocupação urbana. Essa qualidade geotécnica das áreas de topo de morro deve-se à formação de solos mais espessos e evoluídos, portanto, mais resistentes à erosão, e à quase inexistência de esforços tangenciais decorrentes da ação da força de gravidade. Situação inversa ocorre com as encostas de alta declividade, instáveis por natureza e palco comum das recorrentes tragédias geotécnicas que têm vitimado milhares de brasileiros.
Esse aspecto geológico e geotécnico sugere que, dentro de um regramento ambiental da expansão urbana, possa-se evoluir na concordância em se liberar, sob condições, a ocupação dos topos de morro, aumentando-se as restrições para a ocupação das encostas.
No que se refere ao aumento de restrições para a ocupação de encostas na área urbana, veja-se que o atual Código Florestal (Artigo 2º, item e) e a Resolução Conama 303 (Artigo 3º, item VII) definem como APP – Área de Preservação Permanente somente as encostas com declividades superiores a 45º (100%). Os conhecimentos geológicos e geotécnicos mais recentes e abalizados indicam que, especialmente em regiões tropicais úmidas de relevo mais acidentado, há ocorrência natural de deslizamentos de terra já a partir de uma declividade de 30º (~57,5%). Por seu lado, a Lei Nº 6.766, de dezembro de 1979, conhecida como Lei Lehmann, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no território nacional, em seu Artigo 3º, item III, proíbe a ocupação urbana de encostas com declividade igual ou superior a 30% (~16,5º), abrindo exceção para situações onde são atendidas exigências específicas das autoridades competentes;
Pois bem, a leitura geológica e geotécnica dessa questão sugere a  providencial decisão de se reduzir de 45º para 22º o limite mínimo de declividade a partir do qual as áreas de encosta deveriam ser consideradas APPs. Imagine-se o ganho ambiental para as cidades brasileiras que decorreria de uma medida de tanta racionalidade como essa, ou seja APPs florestadas em encostas já a partir de 22º, e não mais de 45º.
Os exemplos explicitados respaldam a imperativa necessidade de produção de uma legislação ambiental especificamente voltada à realidade urbana brasileira. Uma legislação que tendo em conta e respeitando as dinâmicas próprias do espaço urbano, seja capaz de contemplar e assegurar os atributos ambientais indispensáveis à qualidade de vida dos cidadãos. Que se realize esse bom debate em clima de soma e entendimento.

 

Repassando.
Nunca ficou tão claramente escancarada à nação a necessidade de um órgão geológico-geotécnico que cuidasse, fundamentalmente, das relações entre os mais diversos tipos de empreendimentos e o meio físico geológico. Esse órgão, o Serviço Geológico Brasileiro, por exemplo, atuaria matricialmente aos ministérios, na área federal, e, em suas versões estaduais, matricialmente às secretarias de estado.
Quantas vidas, quanta qualidade de vida e quantos bilhões de reais estão sendo perdidos pela simples falta de regras e cuidados especiais nas relações do desenvolvimento brasileiro com sua natureza de suporte?
Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos
São Paulo - SP
11 - 3722 1455

Seca no Pampa

Mario Wrege, Hidrogeólogo


Água não se cria, acumula-se. Para tal, administra-se. Isto por que, independente da ocorrência imediata, ela é fundamental à Vida, ao Ambiente, às atividades econômicas. Há que se ter um suprir com constância, em quantidade e qualidade. Assim, há que se calcular necessidades e disponibilidades. Dentro das necessidades está o grupamento populacional, o nível de vida praticado, a cultura em relação a água. Quanto às disponibilidades está a limitação ambiental, dada pelas circunstâncias meteorológicas e hidráulicas, como: distribuição das precipitações, porosidade das litologias, sítios de barragem; e a limitação estrutural, ou seja, a existência de obras e ações que permitam este acúmulo hídrico quando a água está fartamente disponível – nos períodos de precipitação normal ou intensa. Aqui a idéia é a de fazer com que a água se acumule na bacia e circule lentamente, ao invés de a bacia servir, apenas, de conduto de passagem, rápida – esta água está perdida para este sistema, portanto. Hoje há conhecimento técnico para se atuar em todas estas áreas, do levantamento à execução; portanto, podemos (e devemos) fazer algo preparando-nos para a próxima ocorrência.
Agora, a situação é de emergência. As perdas materiais são inevitáveis e o sofrimento humano é visível. Há que socorrer as populações atingidas pela escassez de água, amenizando as necessidades. Isto tem um custo muito alto e atende um nível mínimo e limitado à sobrevivência, especialmente das pessoas. No limite, resta retirar as pessoas das áreas afetadas, no mínimo até a situação amenizar-se. Ações como disponibilização de carros-pipa são as típicas. Há outras, pouco lembradas. Uma é a recuperação ou revitalização de poços tubulares, para melhorar o acesso às águas subterrâneas, especialmente em áreas críticas quanto ao abastecimento ou mais favoráveis hidrogeologicamente, que serão de mais rápida resposta. Muito provavelmente não resolverão o todo, pois são circunstanciais, fazendo-se o possível com o que sobrou, e paliativas, com as demandas literalmente aquecidas, mas darão alento, e num curtíssimo prazo – como sempre, espera-se que neste meio tempo a chuva chegue. São técnicas de limpeza e manutenção dos poços tubulares, que gerarão a desobstrução dos filtros, a recuperação da bomba, o melhoramento do meio poroso no entorno da zona de captação; tais atividades são corriqueiras, ou seja, as firmas prestadoras de serviço estão plenamente habilitadas a executar imediatamente.
No médio e longo prazos, a situação é de gestão. Há que ser gerado conhecimento sobre a área, tanto meteorológico, quanto hidrológico e hidráulico, como hidrogeológico, na escala compatível – que seria a de administração, em torno de 1:100.000 ou maior. De novo, há pessoal e empresas qualificadas a prover tal serviço. Tal informação deverá ser levada ao fórum competente para decisão, que é o Comitê de Bacia Hidrográfica, respectivo. Com isto se saberá o possível tempo de recorrência das estiagens, o nível de déficit hídrico respectivo, a duração; com isto poder-se-á calcular o volume de armazenamento hídrico necessário para atender a maioria das estiagens — para as mais intensas continuará o desabastecimento. A informação básica sobre os dados do sistema em estudo deverão ser divulgados à população geral para que saiba as características do meio em que vivem e o que podem esperar quando de um evento extremo. Segundo as regras existentes, o custeio de tal estudo é levantado na própria bacia hidrográfica interessada; no entanto, cabe ao Estado realizar os levantamentos básicos de menor escala.
Ações como reservação de água são as típicas. São conhecidas como açudagem, mas há que pensar estratégicamente. Além da açudagem outra ação óbvia é a reservação por cisternas. Esta capta as águas pluviais quase que diretamente e as mantem numa espécie de tanque estanque. Os açudes captam as águas do escorrimento superficial e também água subterrânea, mas estão sujeitos à evaporação e são condicionados pela topografia. Estrategicamente pode-se aumentar a capacidade de reservação da bacia fazendo as águas infiltrarem, tornando-as, pois, subterrâneas. Estas estão protegidas da evaporação e fluirão, ainda que lentamente. Ou seja, podemos infiltrar em um local e retirar noutro, mais conveniente; ou, ainda, e isto interessa à circunstância, podemos retirá-las noutro tempo. Este outro tempo poderá ser o da escassez de águas de superfície. Para exercer tais ações é necessário conhecimento e implementação prévios, o que pode e deve ser feito nos períodos de vacas gordas, literalmente.
Toda esta situação é previsível probabilisticamente. Isto não é um terremoto nem um tsunami, para usar ilustrações em voga. Não é novidade que secas houve; mesmo não sendo meteorologista nem habitante da área afetada qualquer um sabe disto. A diferença é que hoje tem mais gente habitando, com melhor nível de vida – o que implica em maior consumo de água – e que os meios de comunicação espalham a notícia ampla e eficientemente. Se se sabe da recorrência, há que se estar preparado – relés bom-senso. Isto tem que ser feito nos períodos de normalidade – de novo, relés bom-senso. Tal situação lembra o caso da goteira: quando chove não dá para consertar; quando não chove, não precisa. Reciprocicando: quando chove há água sem preocupação; quando não, não há o que fazer. Ou da cigarra e da formiga. A moral da estória é simples: há que se ter reserva para os períodos difíceis. Mas há que ir além, há que ter conhecimento e estratégia. Tudo está disponível para que tal aconteça; há apenas que acionar a capacidade instalada na sociedade civil.
 _________________________________________________

 

Matéria sobre formação dos Andes.

 http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=8939

 ____________________________________

Colegas geotécnicos (geólogos de engenharia e engenheiros geotécnicos) e de demais especialidades implicadas, Essas últimas tragédias têm nos chamado a atenção sobre a importância em termos mais cuidado em definir como geotecnicamente estáveis certas feições de relevo de topografia mais suave junto ao sopé de nossas regiões serranas tropicais.
Há duas situações típicas de áreas de topografia suave situadas nas bordas das serras:

a)     áreas imediatamente situadas ao final das encostas de alta declividade, iniciando-se a partir da ruptura de declive negativa da encosta. Essas áreas estão sujeitas a serem atingidas pelos escorregamentos da encosta contígua. Isso define que nessas condições a ocupação urbana deverá observar uma “faixa de segurança geotécnica” de em torno de 40 metros, contados a partir da base da encosta. Faixa idêntica deverá ser observada pela ocupação dos platôs mais planos superiores das encostas. Vejam em anexo fotos ilustrativas.

b)     áreas situadas à frente da “boca” de vales que demandam do alto da serra. São áreas de topografia suave, mas que estão sobre leques de deposição de detritos (solo, blocos de rocha, restos vegetais) formados e originados de pretéritas corridas de lama e detritos. Ou não se ocupa essas áreas, reservando-as para parques florestados, ou se libera a ocupação mediante a execução de avantajadas obras (diques de impacto e desvio) do contenção e proteção. Dado o fantástico poder destrutivo de uma corrida de lama e detritos essa última opção deve ser vista com enorme cuidado. Vejam em anexo foto ilustrativa, a da igrejinha. Pode-se dizer que esse é um flagrante geológico da formação de mais uma camada do leque de deposição já preteritamente existente no local.

Se vocês analisarem os leques de deposição ao sopé da Serra do Mar, especialmente frente à boca dos grandes vales que descem lá do alto da escarpa, terão uma pálida idéia do que foi e é a dinâmica geológico-geomorfológicos dessa nossa belíssima região. Há cerca de 60 milhões de anos atrás, no início do Terciário,  a escarpa (proto-Serra do Mar) estava a cerca de 50 Km à frente da atual linha do litoral sudeste. Sabem como ela chegou até a atual posição? À custa de muito escorregamento, muita corrida de detritos, muita erosão. Essa é nossa querida Serra do Mar, com sua história, suas leis, seus ritmos, seu calendário próprio, suas idiossincrasias...
Algumas das áreas planas que são dadas hoje como ótimas de se ocupar estão sobre esses leques. Compostos em profundidade por muita areia, blocos de rocha e, às vezes, até antigos troncos de árvores. Eles são a natureza nos dizendo: tomem cuidado, aqui tem passado a rota de muita corrida de detritos. A grande dificuldade de compreensão dessas coisas decorre dos diferentes calendários por que se orientam e se comportam o homem moderno e a natureza geológica. “Ahh..., mas minha família conhece isso aqui há mais de 100 anos e nunca aconteceu coisa parecida...”. O que são 100 aninhos para a Mãe Terra?
É possível que com o histórico das chuvas que caíram na região serrana nobre do Rio houvesse um grande evento natural de escorregamentos e corridas, mesmo sem a intervenção do homem. Como em 1967 aconteceu em Caraguatatuba e Serra das Araras. O homem potencializa e transforma, por sua presença, esses eventos em tragédias, como essa que estamos assistindo. De tantos em tantos anos, sabemos lá quantos, há a probabilidade de ocorrência de trombas d’água concentradas como essas. Não há nada de novo no quartel geológico de Abrantes.
Pode-se então perguntar, vamos tirar Teresópolis, Nova Friburgo e outras cidades serranas do lugar e botar em outro? Em parte sim, aliás já propus aos amigos locais pensar em extensão urbana que seria a Nova Nova Friburgo. mas o essencial é organizar essas cidades espacialmente e em procedimentos de defesa civil em função exata do meio físico que elas ocupam.
Nada de culpar a Natureza, com suas encostas e suas chuvas, ao menos nós geólogos não podemos proporcionar essa saída para a irresponsabilidade geral com que se lida com o meio físico geológico, temos que dar um passo adiante, sermos mais ousados em nosso papel de profissionais compromissados com a boa técnica e com os interesses da sociedade brasileira.
Grande abraço aos amigos e companheiros de jornada,

Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos
ARS Geologia Ltda
São Paulo - SP
11 - 3722 1455
 

 

Insectos fossilizados «contam» nova história geológica da Índia

Descoberta põe em causa isolamento da região há 50 milhões de anos




A descoberta de um grande depósito de âmbar com insectos fossilizados, na Índia, pode vir a reverter a teoria de que este país foi, há 50 milhões de anos, um subcontinente insular.

Num estudo publicado na revista 
"Proceedings of The National Academy of Sciences", investigadores da Universidade de Bonn, na Alemanha, explicam que a biodiversidade da região não evoluiu isoladamente.

Os cientistas, liderados por Jes Rust, extraíram 136 quilos de âmbar de depósitos com 50 milhões de anos, encontrados na região de Cambay, no oeste da Índia. Conseguiram identificar um elemento químico característico da resina produzida por uma espécie de árvores tropicais da região, o que os leva a acreditar que a Índia era menos isolada do que se acreditava até agora.

A teoria que prevalecia até então diz que, há 160 milhões de anos, a Índia era um subcontinente que se soltou da massa de terra que hoje forma a África, tendo demorado 110 milhões de anos até colidir com a Ásia e formar os Himalaias. Os cientistas acreditam que este intervalo de tempo tenha sido suficiente para o aparecimento de espécies animais e plantas exclusivos dessa massa de terra.

No entanto, os fósseis de insectos encontrados têm relações evolucionárias próximas de fósseis de outros continentes como a Oceania e a América, e o âmbar é também a mais antiga evidência de florestas tropicais na Ásia.

"Evidências biológicas no depósito de âmbar mostram que havia alguma conexão biótica [elementos causados por organismos num ecossistema que condicionam as populações que o formam] entre as espécies", explica David Grimaldi, da Divisão de Zoologia de Invertebrados do Museu Americano de História Natural.
Pormenor de um dos insectos encontrados (Foto: Universidade de Bonn )

O âmbar, de acordo com Jes Rust, revela como era a vida na Índia antes da colisão com o continente asiático e “os insectos capturados na resina fóssil lançam uma nova luz sobre a história do subcontinente”.
“O que descobrimos indica que a Índia não estava completamente isolada, pois o depósito de Cambay pertence a uma época que antecede a união da Índia à Ásia", diz Michael Engel, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade do Kansas, nos EUA, acrescentando que
“pode ter havido algumas ligações”.
Os cientistas acreditam agora que o isolamento do subcontinente foi quebrado pela formação de grandes cadeias de ilhas vulcânicas entre as placas continentais, que terão servido de plataforma para o intercâmbio de espécies de diferentes regiões.

___________________________________________________________________________

Vulcão da Islândia afecta saúde pública, traz perigos geológicos
e confunde reactores de aviões

Investigadora do Centro de Vulcanologia explicou ao «Ciência Hoje» consequências globais e locais



2010-04-16
Horas de espera nos aeroportos. O caos está instalado no Norte da Europa e já começa a afectar o resto do continente. Este é o cenário mais visível como consequência da erupção do vulcão do glaciar Eyjafjllajokull, no Sul da Islândia, ocorrida há dois dias. No entanto, a actividade afecta especialmente a saúde pública e traz perigos geológicos.
A cinza criada pela erupção do vulcão islandês é muito densa. Segundo Teresa Ferreira, investigadora do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) da Universidade dos Açores, ainda é muito cedo para saber as reais consequências. “Tudo aquilo que se possa dizer é muito especulativo, porque ainda pode mudar de características – depende da duração da erupção e da sua intensidade”.

Em termos globais, o impacto já ultrapassou os domínios da Islândia, visível na questão do tráfego aéreo. Hoje, já se contabilizam mais de 17 mil voos cancelados. Teresa Ferreira explicou ao «Ciência Hoje» que “os aviões a jacto mantêm-se através da aspiração do ar que entra nas câmaras de combustão e como as cinzas são microscópicas e de composição silicatada – material cuja temperatura é da ordem dos mil graus ou superior e se vão fundir – os espaços que mantêm os motores ficam entupidos e fazem com que estes se apaguem”.

Ao contrário daquilo que acontece com outros fenómenos meteorológicos, os radares dos aviões não detectam a cinza e as partículas penetram a grande velocidade nos reactores. Os aeroportos Charles de Gaulle e Orly, em Paris, são os mais afectados pelo caos, devido aos cancelamentos. Entretanto, a nuvem também começou também a atingir os países Bálticos. Os céus da Europa podem ficar intransitáveis durante ainda vários dias.


Embora a actividade seja num local pouco povoado, as cinzas depositam-se em áreas de cultivo e levou à evacuação local. “A inalação de enxofre é muito prejudicial para a saúde pública”, aferiu ainda a investigadora. E acrescenta: “Poderá vir a ocorrer queda de cinza no resto da Europa e provocar perturbações climáticas, mas ainda é prematuro para saber”.

Ainda em termos locais, "o degelo do glaciar leva ao aumento dos caudais nos rios" e, consequentemente, a "danos nas pontes". Esta é “uma erupção subglaciar com características hidrovulcânicas e a maior explosividade resulta da erupção do magma com a água – o que leva à fusão do gelo do glaciar”, sublinhou igualmente a especialista da unidade científica.

A página do CVARG sublinha que nas regiões vulcânicas activas, os gases dissolvidos no magma libertam-se para a atmosfera quer durante as erupções, quer em períodos de repouso como aqueles que se vivem actualmente nos Açores. Os gases libertam-se à superfície em locais bem definidos como, por exemplo, ao nível das plumas eruptivas, lagos ácidos, lagos de lava, fumarolas e nascentes, ou de um modo difuso, imperceptível e contínuo, através dos solos e de nascentes de água termal ou fria gaseificada.

 
Queda de cinza no resto da Europa
_________________________________________________________________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
"No meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade." Albert Einsten

Twitter